Estimulaçao Cardíaca Bicameral com Sensor que se Orienta pela Análise da Funçao Contrátil do Coraçao

Abstract

A evoluçao tecnológica tem auxiliado no aperfeiçoamento dos marcapassos, principalmente no que se refere ao sensor e à programabilidade. Entre estas mudanças, temos observado a adaptaçao da freqüência de estimulaçao usando um sensor que ajusta sua freqüência de estimulaçao através da medida do período de pré-ejeçao do ventrículo direito, o que possibilita um equilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio. O gerador foi implantado em dez pacientes com idades entre 27 e 92 anos (média 51,9), sendo 6 do sexo masculino. A indicaçao predominante para o implante foi a doença de Chagas presente em 5 pacientes. O objetivo foi avaliar a resposta de freqüência do marcapasso em situaçoes de esforço físico e mental, tanto em ambulatório, como nas atividades diárias do paciente. Além das avaliaçoes dos limiares de estimulaçao e de sensibilidade atrial e ventricular, foram realizados testes de estresse mental (matemático e de percepçao) e teste ergométrico, monitorados com histograma de freqüência gravados pelo próprio marcapasso. A média dos limiares agudos de estimulaçao foi de 0,80 + 0,39V e 0,94 + 0,60V, e de sensibilidade 2,84 + 2,94mV e 9,08 + 5,02mV, para átrio e ventrículo, respectivamente. A média dos limiares crônicos de estimulaçao foi de 1,42 + 0,86V e 1,15 + 0,51V e de sensibilidade foi de 4,72 + 2,82mV e 6,25 + 1,53mV, respectivamente para átrio e ventrículo. A freqüência cardíaca variou de 5% a 117,9% nas atividades físicas e de 1,2 a 79,1% nas atividades mentais, com elevaçao apropriada logo no início da atividade.